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Que tal uma sexta-feira diferente na parte histórica de Salvador?

Publicado em: 27/11/2024
Por: Adilson Fonseca
Atenção: Caso qualquer das fotos que ilustram essa matéria seja de sua autoria nos informe via WhatsApp (71) 9.9982-6764 para que possamos inserir o crédito ou retirar imediatamente.

A capital da Bahia tem disso. Não é preciso gastar muito para conhecer alguns dos seus segredos e que encantam milhares de pessoas que a visitam. Basta apenas se misturar ao seu dia a dia, andando pelas ruas, visitando locais onde o próprio baiano costuma frequentar, e descobrir o porquê desde os primeiros portugueses que aqui aportaram, ainda no século XIV e até hoje, há todo esse encantamento e porque existe o “jeito baiano de ser”.

O segredo de tudo começa pelas ruas do Centro Histórico, em uma sexta-feira em que o tempo, em período de inverno, não está convidativo para uma ida à praia ou mesmo um passeio pelas ilhas da Baía de Todos os Santos. Então aproveite a manhã e vá andar. Entre e saia de ruas e ladeiras do Pelourinho e do bucólico bairro do Santo Antonio Além do Carmo.

Entre em lojas de souvernirs e veja a variedade de camisetas com motivos alusivos à Bahia e ao seu folclore. Se for do tipo que gosta de inovar no visual, pare ali perto da sede do Olodum e do Filhos de Gandhy que por certo vai encontrar uma trançadeira, que são aquelas mulheres, negras em geral, que fazem tranças nos cabelos, enquanto fica ouvindo o som dos atabaques dos dois maiores blocos e afoxés do carnaval, que estão sempre ensaiando alguma coisa.

Feitas as tranças em diversos modelos, já com um novo look, que tal descer a ladeira do Pelourinho e visitar a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Vai se encantar com a fachada em azul e dourado e com o seu interior, onde se misturam elementos da fé católica e das religiões de matrizes africanas. Ali perto, ao pé da ladeira do Carmo, as escadarias onde o filme “O Pagador de Promessas” foi rodado, vão te levar ao museu e Igreja de Senhor dos Passos, de onde, do seu interior, se tem uma das mais completas vistas da Baía de Todos os Santos.

Um cravinho pra abrir o apetite – Você já subiu e desceu ladeira, viu roda de capoeira na praça nova do Terreiro de Jesus, foi abençoado pelos orixás por uma baiana ricamente trajada no mais puro sincretismo religioso e deu até mesmo para conhecer um pouco da história do Espiritismo, na sede histórica da Federação Espírita da Bahia, em pleno Terreiro de Jesus, onde vai conhecer tudo sobre o codificador da doutrina, Alan Kardec, e como ela chegou e se consolidou no Brasil.

Mas é hora de se preparar para o almoço. Então dê uma passagem no “O Cravinho”, para, como dizem os baianos, abrir o apetite, com uma dose dessa bebida que se não é a dos deuses, não fica nada a dever, pois seu segredo só é contado para poucos. Então siga no lado oposto e vá até o Elevador Lacerda para descer os 178 metros até a Cidade Baixa e ir almoçar no Mercado Modelo, que fica defronte, na parte baixa da cidade.

Logo na entrada, uma recepção que vai fazer entender o porquê de quem vem aqui sempre quer voltar. São 177 lojas que vendem, de tudo. De patuás a colares multicoloridos, incensos, pedras orixás, Preto Velho, agogôs e berimbaus, além, de uma infinidade de camisetas, bonés, vestidos, chinelos. Tudo com a cara da Bahia.

Batida e moqueca – Antes de ir a um dos dois grandes restaurantes que ficam no 1º andar, o som dos atabaques e o canto dolente da capoeira, te convidam a dar uma olhada na parte térrea do mercado, onde acontecem sempre rodas de capoeira. Mas para chegar ao local, depois de passar por corredores repletos de lojas de “lembranças da Bahia”, vai atravessar um espaço nas duas laterais onde se vendem batidas de frutas dos mais diversos tipos e iguarias como pititinga frita, que é uma espécie de peixe bem pequeno, bolinhos de bacalhau, lambretas e mariscos. Tudo é servido no balcão, mas há sempre espaços para um bom bate papo e conhecer mais um pouco do jeito baiano de ser.

O gran finale – O cheiro de azeite de dendê com leite de coco te convida a subir ao primeiro andar, onde os restaurantes Maria de São Pedro e Camafeu de Oxossi oferecem o que há de melhor na culinária baiana. Logo na recepção, baianas tipicamente trajadas, te convidam a escolher qual dos ambientes quer ficar. Os dois restaurantes dividem todo o terraço do Mercado Modelo e têm cardápios parecidos, com os respectivos segredos culinários dos respectivos chefs.

Comece com uma entrada ou de bolinhos e bacalhau com uma boa pimenta, ou com pequenos acarajés, acompanhado de uma boa cerveja ou uma batida de frutas da época. No cardápio, as moquecas de peixe, camarão ou a mariscada, que é tudo misturado. E como sobremesa, tortas, sorvetes e a imperdível cocada “puxa”, de coco, goiaba ou maracujá.

Antes de voltar para o total, relaxe e chegue na varanda do mercado para apreciar o belíssimo entardecer na Baía de Todos os Santos, ao som das rodas de capoeira e dos barqueiros, pescadores e do zum-zum de uma metrópole que não perdeu suas raízes históricas e culturais.

Mas tem mais: se você prefere ficar na cidade alta de onde pode contemplar um visual incrível da Baía de Todos os Santos, ali ao lado do Elevador Lacerda ou no platô da Cruz Caída, você pode escolher entre o Restaurante do Senac, com buffet típico de comida baiana, alterando para o premiado Odora ou entregando-se ao encanto do Maria Mata Mouro, um dos melhores restaurantes de Salvador.

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